terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Com poucos jogos e adaptações ruins, PS3 e Xbox 360 devem ver 'fim' em 2015

Será que já está na hora de aposentar o PlayStation 3 ou o Xbox 360?
Será que já está na hora de aposentar o PlayStation 3 ou o Xbox 360?

Bem-vindos a 2015, ano em que a indústria de games decidiu lançar a maior parte dos jogos mais esperados de 2014. O lado bom disso é que o calendário está cheio de grandes promessas dos mais variados gêneros, como “Batman: Arkham Knight”, “The Witcher 3”, “Mortal Kombat X”, “Evolve”, entre outros.
(Caso estes jogos realmente se mostrem à altura destas expectativas, bom, será preciso esperar para ver).
Ao estudar este calendário com atenção, é possível notar outro fato importante, algo que já era de se esperar desde o fim de 2013: Parece que, em grande parte, a indústria está preparada para deixar de lado o PlayStation 3 e o Xbox 360 em favor de seus sucessores.
De versões canceladas para os antigos consoles, até adaptações de qualidade duvidosa e sucesso inesperado das novas plataformas, 2015 pode ser o último ano de relevância para o PS3 e o X360.

"Yakuza 5" - lançado no Japão em 2012 - é talvez o maior exclusivo do PS3 neste ano

Em segundo plano
Neste ano, a nova geração deve ganhar ainda mais força, graças à uma linha mais robusta de jogos tanto multiplataforma quanto exclusivos. Donos do PS4 - até agora a plataforma mais fraca em relação a exclusivos - poderão jogar games como “The Order: 1886”, “Bloodborne”, “Until Dawn” e “Uncharted 4” durante o ano, sem falar em “Street Fighter V”, que só terá versões para o console da Sony e PC.
O Xbox One, por sua vez, traz nomes peso como “Halo 5: Guardians”, “Rise of the Tomb Raider” e “Inside”, além de apostas como “Quantum Break” e “Below”. Fora títulos como “Scalebound” e o novo “Crackdown”, revelados durante a última E3 e que ainda podem sair em 2015.
E tem ainda os títulos multiplataforma, que incluem títulos como “Dying Light”, “The Witcher 3”, “Evolve”, “Just Cause 3”, “Batman: Arkham Knight” etc.
E como ficam o PS3 e o Xbox 360 dentro deste cenário? Bem, o PS3 tem dois exclusivos notáveis para 2015, ambos para um público seleto: O RPG “Tales of Zestiria”, e “Yakuza 5”, este último um jogo de 2012 que só será lançado no Ocidente em versão digital a pedido da Sony para a Sega. “Persona 5” é um nome de peso, mas também terá uma versão para PS4.
Quanto ao Xbox 360… bom, o último grande exclusivo da plataforma foi “Gears of War: Judgment”, que saiu em março de 2013. Desde então a Microsoft passou a dar mais atenção ao Xbox One, e este ano continuará assim.
Há alguns títulos que serão lançados para as duas gerações de consoles, como “Mortal Kombat X”, “Resident Evil: Revelations 2”, “Metal Gear Solid V: The Phantom Pain” e “Rise of the Tomb Raider” no caso do Xbox 360, mas com o passar dos meses, mais raros eles se tornam. Além disso, há também uma questão importante em relação a estas versões: Será que elas realmente valerão a pena?

"Shadow of Mordor" foi um dos jogos mais marcantes de 2014... mas não no PS3 ou X360

Sombras de qualidade
“Middle-earth: Shadow of Mordor” foi considerado um dos grandes títulos do ano passado, principalmente por trazer ao mundo o chamado sistema “Nemesis”, que pelas ações do jogador - seja ao derrotar, fugir ou morrer por um inimigo - define aliados, inimigos, fraquezas, forças, entre outros. Certamente algo que vai ajudar a moldar muito do que está por vir nos próximos anos.
Tudo isso se aplica, porém, apenas às versões de PC e consoles de nova geração. Se você, por infortúnio, pegou o jogo para PS3 ou Xbox 360, encontrou apenas um port de péssimo nível, que além de trazer uma versão simplificada do Nemesis, rodava extremamente mal, com taxa de quadros constantemente baixa, e tinha um visual pobre e desinteressante.
“Shadow of Mordor” é talvez o exemplo mais extremo deste tipo de port, mas em menor ou maior escala, as versões dos jogos para consoles da geração passada não são tão chamativas quanto suas contrapartes para PS4 ou Xbox One, variando desde gráficos menos impressionantes até mecânicas inteiras cortadas ou simplificadas demais - o hardware dos consoles antigos é muito ultrapassada para gerar algo como o Nemesis com fidelidade, por exemplo.
Há também o fato de que estes ports são claramente feitos por “equipes B”, que não tem os mesmos recursos e apoio que suas contrapartes para a nova geração. Isso já foi visto com “Titanfall” e “Call of Duty: Advanced Warfare”, cujas versões para as plataformas anteriores não foram desenvolvidas pela Respawn ou Sledgehammer, respectivamente.
Até mesmo a Rockstar Games declarou publicamente que, em algum momento, deverá parar de atualizar o conteúdo de “GTA V” para PS3 e Xbox 360, dedicando-se exclusivamente ao PS4, Xbox One e PC. Já o estúdio Techland simplesmente desistiu de lançar “Dying Light” para a geração anterior por não ter poder suficiente para gerar o mundo do jogo.
Não há certeza de que títulos como “Rise of the Tomb Raider”, “Mortal Kombat X” ou “Persona 5” não rodem bem nas plataformas antigas, mas por não serem mais a prioridade, é preciso prestar atenção no que o público e crítica falam destes ports - há uma enorme diferença entre uma versão do jogo com menor fidelidade visual e uma cópia ruim do que o título original se propôs a fazer.
É o fim?
Ainda é cedo demais para saber quais são os planos da indústria em relação ao PS3 e o Xbox 360 para 2016 (ou mesmo para a 2ª metade deste ano), mas é de se esperar que eles sejam cada vez menos levados em conta daqui para frente.
Fica a dúvida: ainda vale a pena ter estes consoles em mãos, ou é melhor seguir os passos da indústria e já guardá-los em seu armário?
Depende do perfil de cada pessoa, é claro. A última geração de consoles ficou no mercado bastante tempo - o Xbox 360 completa 10 anos em novembro - e contém uma vasta biblioteca que merece ser explorada, especialmente por alguém que chegou atrasado nesta era.
Para quem quer novidades no mundo dos games, porém, é cada vez mais claro que a antiga geração não vai satisfazer estas vontades. Certos jogos ainda serão feitos para eles - a EA não vai deixar de lançar um “FIFA” para um mercado desse tamanho tão cedo -, mas não há muitas chances de algo novo, importante e exclusivo chegar a estes consoles a partir do ano que vem.







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