quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Conheça 4 jogos brasileiros que vão invadir os consoles em 2015


O ano de 2015 será marcante para o desenvolvimento nacional de games: há nada menos que quatro jogos indies com lançamento programado para videogames, entre PlayStation e Xbox. Trata-se de um fenômeno recente, já que nunca Sony e Microsoft foram tão receptivas à produção independente quanto agora – a Nintendo segue à parte da tendência, no entanto.
Cada uma das produções brasileiras varia em gênero até orçamento, que vai de R$ 50 mil, no caso de “Ninjin”, a R$ 550 mil. As equipes, em geral, são modestas, variando entre três e 13 funcionários.
Conheça os jogos brazucas que vão pintar nos videogames este ano:
Divulgação

Chroma Squad
Para: PC/Mac/Linux, PlayStation 4, PS Vita e Xbox One
Behold Studios (Brasília, DF) | Chega em: 2º trimestre de 2015
Profissionais envolvidos: 5 | Orçamento: R$ 550 mil
Tempo de produção: 18 meses
Provavelmente o jogo brasileiro de maior renome nos dias atuais, “Chroma Squad” realiza um sonho que talvez você nem soubesse que tinha: controlar um esquadrão de heróis japoneses ao melhor estilo “Power Rangers”, numa combinação de RPG, simulação, gerenciamento e batalhas táticas.
Cerca de R$ 100 mil dos R$ 550 mil referentes ao orçamento de “Chroma Squad” foram financiados pelos próprios jogadores no Kickstarter, além das cópias adquiridas em pré-venda. Curiosamente, é o único dos games brasileiros que têm lançamento confirmado no Xbox One.

Divulgação
Toren
Para: PC/Mac/Linux, PlayStation 4
Swordtales (Porto Alegre, RS) | Chega em: 1º semestre de 2015
Profissionais envolvidos: 5, além de freelancers Orçamento: R$ 500 mil (valor estimado)
Tempo de produção: 4 anos
"Toren" foi o primeiro jogo beneficiado pela Lei Rouanet, de incentivo à produção cultural, obtendo R$ 350 mil. Porém, os sócios da Swordtales colocaram dinheiro do próprio bolso também: “Trabalhamos um ano e meio sem remuneração alguma, algo que estimamos ficou na casa dos R$ 150 mil”, conta Vitor Severo Leães.
O jogo é uma aventura em 3D, com belos cenários e criaturas místicas, o que já rendeu comparações até com "Ico" e "Shadows of the Colossus", da Team Ico. A Swordtales fechou uma parceria com a Versus Evil, uma publisher que tem ajudado na produção. “A empresa é composta por profissionais extremamente competentes, que entendem bem a realidade de um estúdio indie”.




Divulgação
Ninjin
Para: PC, PlayStation 4 e PS Vita
Pocket Trap (Piracicaba, SP) | Chega em: 2015
Profissionais envolvidos: 3 | Orçamento: R$ 50 mil
Tempo de produção: já foram 6 meses
Criado por jovens paulistas, "Ninjin" primeiramente deu as caras no mobile, onde segundo os próprios criadores "não pagou as contas", mas abriu portas: agora a Pocket Trap trabalha na adaptação para PS Vita e PlayStation 4, além do PC. O jogo é estrelado por um coelho ninja e tem visual pixelado inspirado no Japão Feudal. O personagem corre sozinho, mas cabe ao jogador controlar seus ataques para derrotar os inimigos.
A produção está sendo bancada por um edital da Prefeitura de São Paulo, no valor de R$ 50 mil, e não será um mero port: “Caso o jogo precise de mais tempo de desenvolvimento que esse valor pode oferecer, vamos estudar investimentos e editais”, diz Rodrigo Zangelmi, um dos produtores.

Divulgação

Krinkle Krusher
Para: PlayStation 3, PlayStation 4, PS Vita
Ilusis Interactive (Belo Horizonte, MG) | Chega em: fevereiro de 2015
Profissionais envolvidos: 13 | Orçamento: R$ 180 mil
Tempo de produção: 1 ano
Com mecânicas de tower defense, gênero consagrado por jogos como “Plants vs Zombies” e “Kingdom Rush”, “Krinkle Krusher” coloca você no papel de uma luva mágica que deve defender um castelo dos krinkles, as criaturinhas coloridas que dão nome ao jogo. Há tudo o que se pode esperar num título do gênero, como magias, chefões e algumas dezenas de fases.
No PS Vita, a tela sensível ao toque torna os controles mais intuitivos, restando ver como a experiência vai funcionar no PS3 e PS4. A Ilusis, produtora do jogo, tem experiência em mobile, com jogos como “SocceR10”, futebol estrelado por Ronaldinho.


Reprodução
Dos quatro jogos brasileiros programados para chegar aos videogames em 2015, apenas “Chroma Squad” será lançado para a plataforma Xbox – no caso, o Xbox One. “Estamos tentando [lançar o ‘Ninjin’ no Xbox], mas eles [Microsoft] não deram muita bola. Talvez com o jogo adiantado eles se empolguem mais”, conta Rodrigo Zangelmi, da Pocket Trap.
Já a Swordtales, de “Toren”, preferiu dedicar-se ao PlayStation antes de novas aventuras: “Desenvolver jogos para consoles é muito difícil para uma equipe pequena como a nossa. Trabalhamos com a tecnologia da Sony há mais tempo e temos um domínio maior sobre ela, mas estamos conversando com a Microsoft e não descartamos a possibilidade de lançar ‘Toren’ no Xbox One”, explica Vitor Severo Leães, da produtora.
Diferente dos demais jogos, “Chroma Squad” foi aprovado no ID@XBOX, programa de indies da Microsoft. Por se tratar de uma iniciativa internacional, isso talvez aumente a distância com desenvolvedores de países como o Brasil. “Com a Sony, é só na América Latina [o programa de indies], então é mais fácil”, resume Saulo Camarotti, da Behold. “Acredito que eles [Microsoft] não tenham no momento uma iniciativa como a Sony tem, voltada para a América Latina, fazendo as coisas serem mais lentas aqui pra gente”, corrobora Rodrigo Mamão, da Ilusis.


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